O abismo
Essa é a distância entre um ser humano e outro
É preciso acordar.
Em todos os sentidos, faça chuva, faça sol: ACORDE!
Temos 24 horas para lembrar de acordar - acorde para o dia, acorde para a noite, acorde para as suas relações, acorde para seu trabalho, acorde para as oportunidades que batem à sua porta e por sonolência ou por incompetência você deixa passar.
Este estado letárgico em que as pessoas vivem é a tal da bolha do comodismo. Sim, eu sei estamos no automático, fazendo sempre as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, nas mesmas circunstâncias, mas parou pra pensar que isso é cômodo?
Já não me basta ficar assim: eu preciso de fazer acontecer, ter muito a oferecer e ninguém para receber… é isso mesmo… as pessoas deixaram de receber… imploram por isso mas não sabem mais o que fazer para terem o que lá dentro do coração almejam. Não dá mais para velar isso.
Acordem pelo amor de Deus!
A reclamação é geral, mas a ação é simplesmente ignorada. Até quando vamos vivenciar seres humanos mornos, fracos, rasos e bloqueados? Ah mas o outro não me compreende… e você compreende o que, irmão?
Se o outro conquista algo, vem logo você desmerecer ou invejar a vitória alheia… fique feliz por aquela pessoa ter conseguido… faça o teu corre e vá atrás do que você também quer!
Vejo um bando de gente sentadinho, com o lindo bumbum na cadeira reclamando, reclamando, reclamando… chato! Que saco isso!
As relações humanas se resumiram às mensagens instantâneas… Sem vida, sem emoção, sem o olho no olho… será que sou eu que não me encaixo ou isso também é uma constante para você também?
Coisas que seriam óbvias são vistas como algo especial: não querido, leito! Não são! Educação, gentileza, atenção, cadê a boa e velha NOÇÃO?
Pasma com seres humanos rasos!
E a geração que vem aí é preocupante: apática.
Outro dia, ao ser indagada pela minha filha de 16 anos o que ela valorizar num presente, escrevendo uma carta à mão para a pessoa. Tempo, dedicação, planejamento, conteúdo… tudo isso valoriza a conduta, modifica o ambiente e suscita no outro a vontade de retribuir (ao menos foi assim com ela, ainda bem!).
Onde nos perdemos?
Culpar a tecnologia é chover no molhado.
A distância entre um ser humano e outro ficou abissal… um verdadeiro abismo. E o que temos feito para criar pontes?
Eu ainda escrevo à mão… e para conscientizar outros, escrevo aqui também. Mas se eu tiver seu endereço, envio à moda antiga.

